Avó da Ribeira de Igreja, Vinhais com frango morto pelo cão
Quando adolescente e estudante de francês na Alliance Française, nos anos sessenta do século XX, comprei na Librairie Française, na rua Libero Badaró, em São Paulo, um Guia Turístico de Portugal, edições Larousse, sem fotografias mas ilustrado com aguarelas coloridas. Nessa época, no estrangeiro, devorava livros e revistas que falassem da pátria onde havia nascido e vivido a infância.
Não sei o que aconteceu a esse livro. Ficou em casa dos meus pais, quando parti de Santos, no Pasteur, e fui estudar para Paris. Deve ter sido queimado ou deitado ao lixo pela minha irmã. Gostava muito dele e por isso sinto uma grande mágoa, quando evoco essa perda.
Dele, ficou-me para sempre na memória, la beauté farouche de uma aguarela de Bragança, representando uma fortaleza altaneira, cercada de muralhas e rodeada de campos ondulados, semi-áridos. Não percebia bem a descrição de Trás-os-Montes, em francês literário, mas a palavra farouche fascinou-me, soou-me tão bem que nunca mais a esqueci.
Trás-os-Montes e, em particular, o Planalto de Bragança, aberto à vastidão desoladora da Meseta Castelhana, ficou sendo desde então, no meu imaginário, uma região farouche, palco de combates medievais entre mouros e cavaleiros cristãos.
A modernidade, trazida pela electricidade, pelos Itinerários Principais e, mais recentemente, pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação, transformaram Bragança numa aldeia de um mundo globalizado, capa da revista Time. A realidade de hoje não se coaduna com a visão moldada na adolescência. Fico satisfeito com o progresso alcançado, medido em termos de mais rendimento, educação, saúde e acesso dos transmontanos a bens culturais.
Trás-os-Montes e, em particular, o Planalto de Bragança, aberto à vastidão desoladora da Meseta Castelhana, ficou sendo desde então, no meu imaginário, uma região farouche, palco de combates medievais entre mouros e cavaleiros cristãos.
A modernidade, trazida pela electricidade, pelos Itinerários Principais e, mais recentemente, pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação, transformaram Bragança numa aldeia de um mundo globalizado, capa da revista Time. A realidade de hoje não se coaduna com a visão moldada na adolescência. Fico satisfeito com o progresso alcançado, medido em termos de mais rendimento, educação, saúde e acesso dos transmontanos a bens culturais.
Mas cada vez que volto como ave migratória, às terras de origem, sinto a presença do mundo farouche de antanho, na paisagem de fragas, negrilhos, carvalhos, castanheiros, urzes, tojos e em costumes renovados, de onde não desapareceram caretos, diabos, magustos, gaiteiros, fumeiro e expressivos “bôs”!
2 comentários:
e viva a nossa Bragança :) Este site é bastante enriquecedor, aprendemos a ver o que de belo tem a nossa santa terra. sabemos o quanto ela é preciosa, esplendorosa e extremamente fascinante. adoro qlqr paisagem, transmite-me, simplesmente, tranquilidade. b
É Bragança boy!!!!! Guna yo! MK chacas baluai west side....
Curto o teu som!
yeeee façam barulho senão esta cena não rula.
Estam a gostar???
NAO YO!!!
VAMOS LÁ RIMAR COM A NOSSA BRAGANÇA POIS ELA É O FUTURO DA NOSSA HERANÇA.
E ENTÃO NÃO ESTAM A CONSEGUIR RIMAR MAIS?
MAS A NOSSA BRAGANÇA É DEMAIS.
ATÉ UMA PRÓXIMA, BROTHERS AQUI <3
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