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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

De Regresso ao Tua

Destruição do património avança


Vejo, estupefacto, e penso que só um milagre fará parar mãos criminosas do atentado ao património ferroviário e à paisagem natural do vale do Tua.



Este ano já vim à foz do rioTua algumas vezes, como quem vai a um cemitério matar saudades de um ente querido...


 ...fazendo centenas de quilómetros, para ver as obras de construçao da barragem que irá submergir o magestoso vale e a encantadora linha de comboio.




Domingo, dia 26 de novembro, pude observar in loco, o esventramento da paisagem provocada pelo frenesim de quem não olha a meios para destruir, em proveito da EDP, um bem que é de todos nós.



Ainda recentemente, amigos do ambiente, opositores da construção da barragem, acorrentaram-se, em protesto, junto ao estaleiro, durante algumas horas, para chamar a atenção  da opinião pública e sensibilizar os atuais governantes para a necessidade de preservação do Vale do Tua.



Vir a Foz-Tua é...

Comer no Beira Rio peixe do rio frito.


É deambular pela estação do Tua, deserta...


É sonhar.





Era uma vez...


Em sossego corre o Douro,
Verde manto, doces águas,
Nevoeiro de abandono,
Cobre o chão de antigas mágoas.

Continua


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Coveiros da Linha do Tua

Vejo e ainda não acredito

Fonte: EDP

Colocação simbólica da primeira pedra, no dia 18 de fevereiro de 2011, e antevisão do agressivo paredão de cimento, se a barragem em arco for construída, como aparece no projeto da EDP/Mota-Engil.


Fonte: EDP





Comunicado do MCLT

O Elogio da Loucura



"...surge Sócrates, no seu concelho natal, a colocar a primeira pedra de uma obra manchada de ilegalidades, e com acções contra a sua construção a decorrer em tribunal, em nome de um desenvolvimento que já está provado uma e outra vez que não vai surgir a partir desta, bem pelo contrário. Mas como o país já sabe, Sócrates e Mexia têm um dom especial para venderem banha de uma cobra venenosa e insaciável.


O nosso país está afundado num pântano de loucura, imoralidade e irresponsabilidade. No Egipto, o Povo derrubou um Ditador pela força da Democracia; em Portugal, a Democracia serve para derrubar o Povo".

Sócrates e Mexia, os coveiros da Linha e do Vale do Tua.




De nada valeu:
A linha de comboio ser uma obra prima da engenharia portuguesa, com 124 anos - sem acidentes, antes de se falar na barragem;
O Vale do Tua ser de beleza ímpar, com potencial turístico;
A linha pertencer ao património imaterial português,  imortalizado em 1979 por Florência  no Festival da RTP
A oposição da população servida pela linha do comboio;
De movimentos cívicos defenderem a continuidade da linha ferroviária;
De movimentos ecologistas serem contra a construção da barragem;
A apresentação de duas petições na Assembleia da República, uma das quais ainda por debater;
Pedido ao IGESPAR de classificação da Linha do Tua como património nacional;
Um talentoso cineasta ter realizado o premiado documentário "Pare, Escute  e Olhe";
Os últimos quilómetros da Linha do Tua estarem integrados no património da UNESCO;
A opinião do  presidente da Câmara de Mirandela;
A oposição de várias  forças  partidárias;
O parecer técnico de especialistas de diversas áreas.




A Democracia política restringe-se apenas ao direito de o cidadão poder botar, de quatro em quatro anos, uma cruz no boletim de voto?





Há alguma diferença entre Sócrates, na submersão, em 2011, da Linha do Tua, e Salazar, em 1971, quando  submergiu Vilarinho das FurnasEm ambos os casos, dois homens autoritários evidenciaram desrespeito pela vontade das populações.

Inundar para sempre uma linha de comboio centenária para construir uma barragem é crime contra o património paisagistico, ferroviário e cultural de um povo.




Outras reações
A Linha é Tua:      ...na Linha do Tua







domingo, 31 de maio de 2009

Tua, nossa energia pelo rio vivo

Rios de dinheiro gasto em publicidade enganosa



Acção de protesto contra campanha EDP - Barragens

“Ninguém cometeu maior erro do que aquele que não fez nada só porque podia fazer muito pouco”
Edmund Burke

Levando a cabo a máxima do filósofo irlandês, este jovem ambientalista, exercendo o seu dever de cidadania em defesa da preservação da natureza, esteve, das 9h às 13h, do dia 20 de Maio, à porta da EDP, na Praça do Marquês de Pombal, em Lisboa, a protestar contra a campanha publicitária em curso.

Passei por lá, para lhe fazer companhia. Não sou contra as barragens em si mas, em concreto, não concordo com a construção da barragem no Rio Tua por implicar a submersão da Linha do Tua e pelo impacto negativo que causará ao vale.

Neste aspecto alinho com as críticas tecidas no comunicado emitido pelo Movimento Cívico pela Linha do Tua à Declaração de Impacto Ambiental emitida pelo Ministério do Ambiente, favorável à construção da barragem.

No final da acção o jovem entrou nas instalações da EDP para redigir o seu protesto no Livro de Reclamações.


A COAGRET, associação ambientalista com sede em Mirandela, associaou-se ao protesto contra a campanha publicitária da EDP, promovendo a concentração de activistas às Quartas-feiras, das "5 às Sete" da tarde, junto às instalções da empresa em Lisboa.

A organização discorda que quando a empresa de electricidade projecta uma barragem, como no Rio Tua , esteja a projectar um futuro melhor para a região. Se assim fosse, diz a Coagret, Montalegre e Miranda do Douro, regiões de barragens, seriam desenvolvidas.

Uma grande barragem tem impactos negativos no ecossistema, reduzindo a biodiversidade e provocando a erosão costeira. Cria empregos precários e sumerge postos de trabalho na agricultura e no turismo. As águas "paradas" prejudicam a qualidade da água ...