Vejo e ainda não acredito
Colocação simbólica da primeira pedra, no dia 18 de fevereiro de 2011, e antevisão do agressivo paredão de cimento, se a barragem em arco for construída, como aparece no projeto da EDP/Mota-Engil.
"...surge Sócrates, no seu concelho natal, a colocar a primeira pedra de uma obra manchada de ilegalidades, e com acções contra a sua construção a decorrer em tribunal, em nome de um desenvolvimento que já está provado uma e outra vez que não vai surgir a partir desta, bem pelo contrário. Mas como o país já sabe, Sócrates e Mexia têm um dom especial para venderem banha de uma cobra venenosa e insaciável.
O nosso país está afundado num pântano de loucura, imoralidade e irresponsabilidade. No Egipto, o Povo derrubou um Ditador pela força da Democracia; em Portugal, a Democracia serve para derrubar o Povo".
Sócrates e Mexia, os coveiros da Linha e do Vale do Tua.
A linha de comboio ser uma obra prima da engenharia portuguesa, com 124 anos - sem acidentes, antes de se falar na barragem;
O Vale do Tua ser de beleza ímpar, com potencial turístico;
A linha pertencer ao património imaterial português, imortalizado em 1979 por Florência no Festival da RTP
A oposição da população servida pela linha do comboio;
De movimentos cívicos defenderem a continuidade da linha ferroviária;
De movimentos ecologistas serem contra a construção da barragem;
A apresentação de duas petições na Assembleia da República, uma das quais ainda por debater;
Pedido ao IGESPAR de classificação da Linha do Tua como património nacional;
Um talentoso cineasta ter realizado o premiado documentário "Pare, Escute e Olhe";
Os últimos quilómetros da Linha do Tua estarem integrados no património da UNESCO;
A opinião do presidente da Câmara de Mirandela;
A oposição de várias forças partidárias;
O parecer técnico de especialistas de diversas áreas.
A Democracia política restringe-se apenas ao direito de o cidadão poder botar, de quatro em quatro anos, uma cruz no boletim de voto?
Há alguma diferença entre Sócrates, na submersão, em 2011, da Linha do Tua, e Salazar, em 1971, quando submergiu Vilarinho das Furnas? Em ambos os casos, dois homens autoritários evidenciaram desrespeito pela vontade das populações.
Inundar para sempre uma linha de comboio centenária para construir uma barragem é crime contra o património paisagistico, ferroviário e cultural de um povo.
Outras reações
A Linha é Tua: ...na Linha do Tua
Viver Parambos: A Linha do Tua... num dia triste
PEV "Os Verdes: Com uma pedra não enterram linha e vale do Tua
Bloco de Esquerda: Sócrates lança 1ª pedra da barragem
CDS de Alijó: Alinha férrea do povo não pode encerrar