sábado, 14 de janeiro de 2012

Auto da Criação do Mundo

Teatro Popular de Trás-os-Montes em Lisboa
Urrós, Mogadouro



Património oral transmontano em recuperação

 

Um grupo de 43 atores amadores, naturais da aldeia de Urrós, concelho de Mogadouro, alguns dos quais residentes em Espanha e França, deixou os seus afazeres e viajou até Lisboa, com o apoio da câmara municipal, para representar, dia 14 de janeiro, na aula magna da reitoria da universidade, o Auto da Criação do Mundo.



Este  auto, que não era encenado em Urrós desde 1949,  foi representado na aldeia em agosto de 2011, recuperando-se uma tradição de teatro religioso, em que os atores são os habitantes da povoação.  
 
 
No ramo, nome que também designava os autos do Ciclo da Natividade, a narrativa das passagens bíblicas - criação do mundo e nascimento de Jesus - é feita em verso, em quadras.

 

Além do divertimento que proporciona, a representação teatral cristã funciona, para uma população rural e analfabeta, como uma catequese de fácil apreensão e como um código de moralidade religiosa que estigmatiza o diabo, a inveja e Caim, o 'morgado soberano'.


 
Antes do início do ramo, tal como num portal pelo qual entramos no Reino Maravilhoso, um grupo de pauliteiros e gaiteiros encantou  o público, graças ao som da gaita de foles, ao colorido dos trajes  e às danças com paus, inspiradas nas lutas de guerreriros celtas.

 

Gaiteiros e pauliteiros de Urrós
 
Com os atores viajaram também os gaiteiros e pauliteiros de Urrós.
 

Danças dos pauliteiros no átrio da reitoria, antes da representação do Auto de Criação do  Mundo.
 


Sons de Trás-os-Montes em Lisboa.





Gaiteiros e pauliteiros andaram pelo metro e pela Baixa de Lisboa a sensibilizar a população lisboeta para o espetáculo na Aula Magna da reitoria.
 
 



 

Sem comentários: