No termo de "Muymenta"
Qual cavaleiro da Távola Redonda à demanda do Santo Graal, andei eu na fronteira das Terras da Frieira à procura da Fraga dos Três Reinos!
Julguei tê-la descoberto mas, regressado a casa, vacilo na certeza da descoberta.
Julguei tê-la descoberto mas, regressado a casa, vacilo na certeza da descoberta.
Pela segunda vez subi ao cabeço onde está o marco 349, no planalto entre a Serra da Coroa e as serras espanholas vizinhas. Será, de facto, este o penedo que há séculos serviu de marco fronteiriço aos reinos de Castela, Galiza e Portugal?
Há muito que os três reinos medievais deixaram de existir. Portugal é uma república, enquanto o reino da Galiza e o reino de Castela e Leão são regiões autómonas do estado espanhol.
Há anos atrás já tinha estado no penedo do marco 349, supostamente a Fraga dos Três Reinos.
Como gostaria de fotografar a mítica fraga coberta de neve, vim por duas vezes neste Inverno, à procura dela, a seguir a fortes nevadas.
Em Dezembro a camada de neve era grossa mas anoiteceu tão cedo e andava perdido que desisti de procurá-la.
Agora vim com tempo! Porém, quando, vindo de Chaves pela auto-estrada das Rias Baixas, cercada de montanhas cobertas de neve, não resisti a tanta beleza e fui até Puebla de Sanábria, antes de vir para Moimenta da Raia procurar o penedo.
Em Dezembro a camada de neve era grossa mas anoiteceu tão cedo e andava perdido que desisti de procurá-la.
Agora vim com tempo! Porém, quando, vindo de Chaves pela auto-estrada das Rias Baixas, cercada de montanhas cobertas de neve, não resisti a tanta beleza e fui até Puebla de Sanábria, antes de vir para Moimenta da Raia procurar o penedo.
Marco 348 da fronteira entre Portugal e Espanha.
Olhando para Sul ...
... olhando para Norte, na vastidão austera do planalto, coberto de rochas graníticas, giestas, tojos, carquejas e neve, qual eremita, senti-me bem, em união com a natureza. Visto do espaço imagino que seria um solitário e minúsculo ponto em andamento.
Parte da neve já tinha derretido, aumentando o caudal dos regatos que, nascidos nas serras de Rechouso e da Canda, vão mover moinhos e dar vida ao Tuela.
No alto do cabeço está o marco 349. Será ali a Fraga dos Três Reinos? Baseado no mapa cartográfico do exército que utilizei há anos atrás, quando cá vim pela primeira vez, julgo que sim.
A dúvida surgiu quando, depois de cá ter estado em Janeiro de 2009, li que na dita Fraga dos Três Reinos há três cruzes gravadas, cada uma virada para um reino.
A dúvida surgiu quando, depois de cá ter estado em Janeiro de 2009, li que na dita Fraga dos Três Reinos há três cruzes gravadas, cada uma virada para um reino.
Ora, na fraga do marco 349, onde estive, não vi cruzes no penedo! Mas também não significa que não estejam lá!
Se a Junta de Freguesia de Moimenta ou o Parque Natural de Montesinho cumprissem bem as suas funções já tinham colocado placas a indicar o caminho da fraga aos viandantes solitários.
Assim, quem lá chega? Só moradores e os moços do Parque de Montesinho, em potentes todo-o-terreno! Na parte inicial do percurso, seguindo maus conselhos, fui de carro. Até me dava jeito por causa do tripé pesado, e sempre recuperava algum do tempo gasto na ida, não programada, a Puebla de Sanábria.
Passados 500 metros, começando a derrapar na neve, achei prudente deixar o carro e fazer o resto do percurso a pé.
Para tira-teimas e deixar de cismar se estive ou não no penedo dos Três Reinos, terei de voltar em breve a "Mimenta" à demanda deste meu, porque não, Santo Graal!
Para tira-teimas e deixar de cismar se estive ou não no penedo dos Três Reinos, terei de voltar em breve a "Mimenta" à demanda deste meu, porque não, Santo Graal!
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