Pelo Vale do Rio Tua
A
COAGRET, Coordenadora dos Afectados pelas Grandes Barragens e Transvases, Domingo, dia 15 de Fevereiro, organizou um passeio à foz do Rio Tua
Convidado para estar presente em Mirandela, no dia anterior, no
seminário jurídico sobre os novos projectos hidroeléctricos em Portugal, inscrevi-me para o passeio.

Devido ao encerramento da Linha do Tua, desde o acidente de 22 de Agosto de 2008, o passeio foi feito em automóveis. A estação de comboio, pelo seu simbolismo, foi o local de partida.
Domingo de manhã a Princesa do Tua acordou envolta num manto de nevoeiro, intenso junto ao rio, que dava um toque de romantismo à cidade.

A primeira paragem foi em Vilarinho das Azennhas, junto ao rio. Este lugar é muito bonito. Aliás, todo o Vale do Tua, desde o Cachão à Ribeirinha, é maravilhoso!
Tal como quando
cá estive em Novembro, diversos pescadores, sobre a ponte e nas margens, entretinham-se a pescar à linha.
Os pescadores, pessoas que convivem bem com o silênciao, apesar de não serem faladores, são acessíveis e afáveis.
Um deles mostrou-nos os instrumentos de pesca que utiliza para pescar bogas, barbos e enguias.
Em Vilarinho das Azenhas, entretido a tirar fotografias, perdi-me do grupo.
Paisagem panorâmica do Vale do Tua, visto da estrada de Barcel para o Navalho, terra de caça às perdizes, coelhos, tordos ...

O rio e a Linha do Tua, em Abreiro
Estação de Abreiro, rio e caminho de ferro. Só falta mesmo o comboio do Tua circular para trazer os turistas a aldeias e vilas do Vale do Tua.
A um km, no Vieiro, fica a casa de
Graça Morais, a pintora que leva o nome de Trás-os-Montes aos quatro cantos do mundo.

Amendoeiras a florir nas encostas mais baixas.
Em
Abreiro reeencontrei o grupo. No
Café Via Rio houve quem comprasse figos, mel e amêndoas. Eu, com mais sorte, até comprei queijos ao dono destas ovelhas.
Este bonito café, amigo do ambiente, produz energia fotovoltaica e tem um
blogue , muito interessante, que vale a pena visitar.

De Abreiro partimos, por Carrazêda de Ansiães

, para Foz-Tua
Carruagens do comboio a enferrujar na estação de Foz-Tua. É assim que a CP trata o nosso património ferroviário!
Retrato do Portugal profundo no Alto Douro, em Foz-Tua!

Almoço do grupo no
restaurante Beira Rio, com vista para o Douro
Peixe do rio, de escabeche, uma excelente especialidade da casa.

Ponte rodoviária sobre o rio Tua, junto à foz.
Carreiro aberto, sem autorização, em Janeiro de 2008, pela EDP, na margem direita do rio. Na margem esquerda, túnel ferroviário da Linha do Tua.
A Barrragem, a ser construída nesta zona, inundará, para sempre, uma obra de arte da engenharia portuguesa, que, pela sua singularidade, no Vale do Tua, deveria ser classificada de património nacional.
Ainda não quero acreditar que um governo de Portugal ouse valorizar mais o lucro de uma empresa, em detrimento do património natural e edificado, e do potencial turístico de uma região nacional, deprimida!
Eram sumarentas as laranjas da Dona Alzira. Vendeu-as a a 0,60 cêntimos o kg.
Laranjal e ponte ferroviária da Linha do Douro.

O passeio continuou, de regresso a Mirandela. No salão dos bombeiros de São Mamede de RibaTua a Coagret fez um debate com a população da aldeia, sobre a eventual construção da barragem.
Mirandela, Vista Geral, 1870
Grande e bonito painel de azulejos numa pastelaria da cidade, a precisar de ser valorizado com obras de remodelação da pastelaria.